sexta-feira, 7 de março de 2008

Bebezinho do papai

A cada dia que passa fico mais apaixonado pelo meu filho. É impressionante, de todas as fases que passei com ele, a atual sempre é a melhor. É nítido o processo de desenvolvimento de uma criança, no começo ficamos mortos de orgulhosos com ações muito simples, como um sorriso nos primeiros meses de vida, aos seis meses voltamos a ficar orgulhosos a vê-los sentar, depois voltamos a nos empolgar com as engatinhadas, primeiros passos, corridas etc. No começo o desenvolvimento passa muito pela questão motora, depois vem a comunicação, em seguida a curiosidade e agora estamos na fase das tiradas, que são cada vez mais incríveis.

Nesses dias foram duas sacadas seguidas. Ontem quando cheguei em casa do trabalho, ele estava todo empolgado brincando de Lego. Tinha acabado de construir o que me parecia ser um carro, estava morto de contente empurrando aquela coisa, gesticulando, fazendo barulhinhos, bruuum, bruuum, bruuum, iiiiiiiiiiiihh! Não demorou muito e veio o pedido: “Papaaaai, vem brincar comigo?” Sentei do lado dele e comecei a me entrosar na brincadeira. Quando percebi, lá estava eu, morto de empolgado, juntando as peças e tentando chegar a um resultado. Com tanto empenho consegui montar um tanque de guerra, com várias rodas, base articulada, cabine para colocar um bonequinho, sirene de polícia, reboque para puxar outros carrinhos etc. “Pronto Caio! Acabei de montar o meu! Fiz um tanque!”. Ele olhou para o tanque... olhou para o que ele chamou de carrinho... olhou para o tanque de novo e soltou: “Papai, olha que carrinho lindo que eu fiz para você!”. Correu, arrancou o tanque da minha mão e deixou o carrinho no lugar!

A segunda veio de uma situação completamente diferente. Nossa televisão deu problema esses dias, o que está fazendo com que ele tenha que brincar bem mais do que o usual. Eu particularmente estou adorando essa situação, a casa fica bem mais tranqüila, conversamos e lemos bem mais que o normal, as crianças brincam mais.... Enfim, estávamos discutindo se não seria melhor ficarmos logo sem TV (experiência que já tivemos no passado). Quando ele ouviu, reclamou na hora: “Ah não! Assim eu nem vou mais ver meus desenhos!”. Fui explicar para ele que brincar era muito mais saudável que assistir televisão, que quando ele brincava ao invés de só ver desenhos, ele estimulava a criatividade, ficava mais inteligente, melhorava a coordenação motora etc. Lá veio então a pergunta: “Papai, se brincar é tão bom, por que então que no colégio não é só brincadeira?”. Pronto! Matou meu discurso!

Quando chega a hora de dormir fico brincando com ele, dizendo que ele tem que continuar sendo “pequenininho” para sempre, para eu cuidar dele, pegar no colo etc. Fico dizendo que não quero que ele cresça para eu curtir mais cada momento. Quando vejo, de um lado quero que ele sempre seja meu bebezinho, do outro, acabo curtindo cada nova conquista, cada novo aprendizado, ficando mais orgulhoso a cada dia. Vai entender! Vai ver que é por isso que minha mãe ainda me vê como seu bebezinho...

2 comentários:

Mariangela Bindi disse...

É, meu filho, vocês sempre serão os bebezinhos da mamãe e do papai, acho que é pq mesmo que vcs cresçam nossos olhos os enxergam sempre muito mais jovens, por mais adultos que sejam, sempre acharemos que temos mais experiência, mesmo no dia em que de tão velhinhos precisaremos ser carregados no colo dos filhos, alimentados por eles (eu não, pq vou ser uma velhinha esperta).
Delícia registrar esses pequenos/grandes momentos que com o passar dos anos caem no esquecimento. Vai ser bom tb pra eu acompanhar essas coisinhas à distância....Te amo.

Unknown disse...

Ô bixu besta é pai...hehehe...um dia eu chego lá! ;)