sábado, 26 de abril de 2008

A viagem – Parte II

Cheguei! Depois de 38 horas viajando, finalmente cheguei ao meu destino final. De uma maneira geral posso dizer que saiu tudo completamente dentro do programado. Até minha bagagem, que tinha me deixado com um pé atrás, chegou mais ou menos bem. A mala novinha que comprei especialmente para essa viagem chegou toda arranhada (trataram tão bem dela que até o protect bag foi para o espaço).

No final de tudo, quando você chega o cansaço acaba sendo substituído pela excitação. Ao chegar você fica igual criança em loja de brinquedo, reparando em tudo, sem deixar escapar nada. Tenho que assumir que minha primeira impressão na Austrália não foi muito boa, o setor desembarque, recuperação e liberação de bagagens estava lotado. Cheio de oriental e uma fila gigante! Não foi a toa, pois junto com o meu avião pousou um A380 da Air Singapore. Segue detalhes do resto da viagem:

  • Auckland > Sydney: Esse trecho foi tranqüilo, mas demorado. Provavelmente a ansiedade de chegar logo era tanta, que acabou demorando um pouco mais. Tive a sorte de fazer esse trecho e o de Santiago > Auckland sem ninguém do meu lado, assim pude viajar mais confortavelmente. A chegada em Sydney impressiona. A cidade é realmente muito extensa, as áreas residenciais são enormes, não terminam nunca. Minha primeira vista da Harbor Bridge também chamou a atenção, só a avistei quando o avião vinha para pouso, a ponte é realmente grande. Mais uma vez antes do pouso passou um vídeo do programa de quarentena, mas agora do programa australiano. Eles são ainda mais rígidos que os neozelandeses quanto a declaração do que você está trazendo. Caso não declare a punição vai de uma multa de 220 dólares australianos até 10 anos de cadeia. A demora no setor de recuperação de bagagens vem justamente da inspeção das malas, todas sem exceção são analisadas no raio-X e, quando necessárias, abertas para uma avaliação mais detalhada. A declaração já pode ser preenchida no avião e é em inglês. Trata-se de um formulário pequeno em que você informa seus dados (endereço, telefone, passaporte, etc.) e responde a umas 10 perguntinhas. O vídeo de instrução é bem claro e afirma que em caso de uma declaração falsa: 1- Você será pego (you will be caught); 2- Você poderá pagar uma multa de 220 no local, ou; 3- Você poderá ser processado e pagar multa de 60.000 dólares e ter risco de passar 10 anos na cadeia. No meu caso eu declarei tudo que tinha, incluindo medicamento (Dramin), alimentos (chocolate) e solo (tênis sujo de terra). No formulário você não diz o que é, apenas se tem algum desses itens. Marquei a opção "Yes" para as perguntas destinadas a esses pontos e na fila me perguntaram o que eu estava trazendo. Esclareci tudo e fui liberado em seguida.
  • Departamento de Imigração: Antes das bagagens, passei pelo DIAC. O processo foi extremamente simples. Disse “good morning”, apresentei o passaporte e cartão de vacinação da febre amarela, o cara respondeu “good morning” pegou os documentos, olhou, carimbou o passaporte, me devolveu e disse “welcome to Australia”. Nenhuma pergunta, nenhum olhar de desconfiança, nem intimidação. Pelo contrário! É muito diferente de quando se entra nos EUA. A estadia em Sydney foi rápida, depois de fazer todo os tramites do desembarque e ingresso a Austrália, comecei a me dirigir para o terminal de “Domestic Transfer” da Quantas. Comecei a caminhada seguindo as plaquinhas quando uma funcionária da companhia perguntou para onde eu ia. Disse que estava indo fazer check-in para ir para Brisbane e ela me informou que andando seria pelo menos 1h de caminhada. Recomendou que eu pegasse o ônibus com essa finalidade, foi o que fiz.
  • Sydney > Brisbane: Essa parte foi muito tranqüila e rápida. O terminal doméstico da Quantas (pelo que vi é praticamente um segundo aeroporto só dela) é muito bem estruturado. Tive um pequeno problema no check-in, pois minha mala estava com 34kg e lá eles só aceitavam até 32kg. Note: A opção não foi pagar excesso, mas sim literalmente tirar 2k da minha mala. Parece que o problema não a questão do excesso de bagagem, mas a tolerância máxima do peso que o funcionário deles pode carregar. Não quis fazer confusão, abri minha mala e tirei umas coisinhas de lá. Mais uma vez, como em todos os trechos o vôo saiu na hora exata e cheguei em Brisbane as 11:35hs. Fiquei impressionado com a beleza da cidade e de Gold Cost (visto de cima). Achei muito bonita mesmo, eu não sei se pelos canais fluviais de Gold ou se pela harmonia de Brisbane, a visão das belezas naturais daqui chamou mais minha atenção do que Sydney. Mas a beleza urbana de Sydney não se compara, a cidade é bem mais imponente.

Algumas fotos da viagem:

sydney_chegada

Chegada em Sydney: Despois de tanto tempo voando sobre o mar, a vista da cidade impressiona pela beleza natural.

harbor_bridge_opera_house  Harbor Bridge e Opera House, cartão postal de Sydney. A visão inicial impressiona pelo tamanho da ponte que não é refletido na foto. Muito bonito mesmo!

city_harbor_bridge_opera_houseHarbor Bridge: Embora o avião vá se distanciando, seu olhar continua nela.

 city_sydney

City de Sydney, repleta de arranha céus.

A380Olha quem pousou junto comigo. Quer motivo melhor para lotar uma sala de desembarque e recuperação de bagagens?!

aeroporto_sydney_desembarqueAeroporto de Sydney: Longo percurso da saída do avião até o DIAC.

aeroporto_sydney_bagagens  Sala de recuperação de bagagens (Baggage Claim): É tão grande que demorei um pouco para achar a esteira referente ao meu vôo.

aeroporto_sydney_bagagens2

Esteira de numero 6, minha mala saiu daí, toda arranhada e com um zipper quebrado. Ao fundo a fila para passar no setor de quarentena.

5 comentários:

Julio Falcao Viana disse...

Cara, apesar da multidão que veio no AirSingapore, tu demorou muito nesse processo todo de imigração em Sydney, desde a hora que o avião pousou?

No meu caso, vou com a família toda de uma vez, e com criança pequena, então queria ter uma noção melhor do tempo que leva essa parte da viagem.

Abração e sucesso!

Eduardo Bindi disse...

Não é tanto tempo assim não. Demora porque a fila da volta, mas anda rápido. Na imigração o processo é muito rápido, menos de 3min. O que demora é a quarentena. Se não quiser demorar mais ainda tendo que abrir mala, não traga nenhum alimento, planta, bicho, madeira, sapato sujo de terra, medicamento (só os básicos, o meu Dramin passou, mas tive que mostrar). Se trouxer esse tipo de coisa, deixe logo no topo da mala, pois se tiver em baixo vai ter que tirar tudo para mostrar para eles.

Eduardo Bindi disse...

Eu devo ter passado de meia hora a quarenta minutos até ser liberado do setor de quarentena.

Unknown disse...

Opa, e aí Eduardo, beleza?

Cara, tu sabes algo sobre chegar com erva mate (chimarrão)? Sabe se o pessoal da Quarentena encrenca com isso?

Abraço!

Susana disse...

Eduardo,vou passar em trânsito pela Austrália, com destino ao Timor Leste. Pretendo levar uma caixinha de remédios básicos (vários). Será que complicam?
Um abraço, Susana