terça-feira, 3 de junho de 2008

Procurando moradia – Parte II

Escolher o local que você irá morar não é nada fácil, e o fato de você ter chegado a pouco tempo no país e não conhecer nada, não ajuda em nada. A primeira dúvida que vem logo de cara é: Morar próximo do centro ou em bairros mais afastados? Ambos têm vantagens e desvantagens. Morar próximo do centro, por exemplo, lhe dá grande mobilidade, principalmente se o seu meio de transporte for público, mas em compensação custa bem mais caro.

Uma vez tomada sua decisão, sobre morar perto ou longe da cidade, você tem que decidir em que bairros irá pesquisar imóveis, e é ai que começa o problema. Os bairros aqui são bem segmentados, são milhões de opções, em poucos quilômetros quadrados, você acha dois ou três bairros. É diferente, por exemplo, de você dizer que mora na Barra no RJ ou na Aldeota, em Fortaleza. Se a Barra fosse aqui na Austrália, ela seria quebrada pelo menos em oito ou dez bairros diferentes. Quanto você vai pesquisar a lista de localidades, você encontra centenas de opções. Ascot fica na região sul ou norte de Brisbane? Fica perto ou longe do centro?

Uma saída é visitar as imobiliárias ao invés de usar sites de imóveis para fazer a procura. As imobiliárias aqui são especializadas na região que elas estão localizadas. Se você quer morar em New Farm, dê uma volta pelo bairro e visite as imobiliárias da região, que você irá achar várias opções naquele bairro. São dois os problemas dessa estratégia: Primeiro porque você também não conhece todas as imobiliárias nem sabe onde elas ficam, e ficar rodando de ônibus ou a pé não é nada produtivo. Segundo, porque assim, o seu leque de opções fica bem menor, já que você fica limitado a duas ou três imobiliárias que consegue visitar.

Para me ajudar no processo resolvi me abstrair então de nomes de bairros. Na verdade saí perguntando para várias pessoas indicações de bairros e formei uma lista de umas 15 opções. A partir daí usei apenas o realestate.com.au com o seguinte critério: A distância para a city não poderia ser maior do que 15km e eu não poderia pegar mais que uma condução para ir ao trabalho. Uma vez feito isso, passei a configurar as casas no realestate.com.au com o número de quartos e valor que me interessava, sempre dentro dos quinze bairros que tinham me indicado. Com os resultados na tela, eu usava então o Google Maps para calcular a distancia para o centro e o site do Translink (sistema de transporte público daqui) para traçar a rota para o trabalho. Deixei para conhecer os bairros então só quando eu ia fazer as inspeções.

Inspecionar cinco imóveis foi o suficiente para eu achar o local que eu queria morar: uma casa de três quartos, dois banheiros, um lavabo, vaga na garagem, numa vizinhança a 10km do centro e bem próxima de colégios, shopping centers, supermercados, etc. É um imóvel novo (primeira locação) num contrato de seis meses. Acabei achando bom esse negócio de contrato curto, pois se eu não gostar, também tenho a opção de mudar de residência sem maiores complicações.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Bindi. Gostei da sua estratégia para procurar moradia... Isso é que é planejamento :)

leandro disse...

Olá, Eduardo! Achei seu blog interessante. Tenho interesse de ir pro exterior trabalhar na área de TI. Atualmente desenvolvo em java. Me formei em 2006, então não tenho muita experiência profissional. Meu inglês se resume a um curso de dois anos. Alguma chance de eu conseguir algo aí? Me e-mail é leandroduprat @ gmail . com. Valeu!!

Eduardo Bindi disse...

Oi Leandro,

Chance você sempre tem. O mercado aqui é bom e tem espaço para quem tem vontade e foco. Se você já sabe O QUE quer, já é um primeiro passo, agora o importante é decidir COMO conseguir o que deseja. O COMO pode vir de diversas formas e pode ser no curto, médio ou longo prazo.

Por exemplo: Supondo que você já definiu um objetivo, e esse objetivo é morar dois anos na Austrália para ter uma experiência no exterior. Ai você tem o “O QUE”. O COMO é o passo seguinte. Para passar os dois anos aqui você precisa de um visto, que nesse caso pode ser um visto de estudante, que é fácil de tirar e permite que você trabalhe até 20 horas semanais. Então, você faz um curso que lhe concede o visto, e trabalha nas horas disponíveis para pagar suas contas. Isso é o “COMO”.

O mesmo vale para se você quer vir como um residente permanente. Nesse caso você tem duas opções de visto, o sponsored, no qual uma empresa patrocina o seu visto junto ao governo australiano, ou como skilled professional, onde o que lhe dá o passe de entrada é o seu domínio do idioma e sua qualificação profissional. Nesse último caso são necessários quatro anos de experiência na área para conseguir o visto.

É claro que não é tão simples assim como estou dizendo, planejar uma viagem dessa leva tempo e energia, mas também não é nada que não seja algo do outro mundo.

Espero ter ajudado e, se tiver mais dúvidas, me avise.

Abraço!

Eduardo

Anônimo disse...

Grande Bindi! Fiquei sabend do seu blog pelo Sergio Gondim!!! Vim aqui deixar minha mensagem de muito SUCESSO pra vc!! Grande abraços.
Alberto Jorge (Comercial - Lanlink)