quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Na busca de empregos

Visto aprovado! Agora é só aplicar para algumas das centenas de oportunidades de emprego disponíveis nos sites de recrutamento e seleção e aguardar alguns dias para ser chamado para as entrevistas. Eles têm uma carência muito grande mão-de-obra, então com certeza irão agendar entrevistas por telefone e no máximo em um mês, estarei de malas prontas para ir a Austrália.

Esta era minha expectativa logo que recebi a notícia da aprovação do visto no final do ano. Logo no primeiro dia após a aplicação para as oportunidades de emprego, recebi diversos feedbacks, cheguei inclusive a receber uma ligação de uma empresa, mas pude perceber depois de duas semanas que o negócio não seria tão fácil assim.

Atuo como Gerente de Serviços de TI, sendo também muito bem qualificado na área de Gerenciamento de Projetos de Infra-estrutura de TI. Embora o inglês não seja minha primeira língua, me considero fluente, pois entendo 99,9% do que escuto e consigo me expressar muito bem. Considero então que, pelo menos, em termos de qualificação, não existem restrições para que eu não consiga um emprego razoável por lá, porém durante essas semanas iniciais, pude observar que existem duas restrições para a minha contratação: a primeira é o fato de não estar na Austrália, conversei com várias empresas que demonstraram interesse por minha contratação, e todas elas foram bem claras, se quero seguir em frente no processo de seleção, tenho que estar lá. Isso é válido pelo menos para cargos de coordenação ou de gerência, não sei dizer se para técnicos a realidade é outra. A segunda é o fato de não ter experiência no mercado australiano. Embora nenhuma empresa tenha dito claramente que fui descartado por esse motivo, algumas pessoas que já moram na Austrália, no qual já troquei algumas idéias, foram bem claras sobre importância que eles dão a esse tema.

A primeira restrição é fácil de endereçar, já estou com a passagem comprada e em 20 de abril parto para Sydney. Isso irá permitir que eu não só tenha um contato melhor com as empresas de recrutamento e seleção, mas também com seus clientes (que são realmente as empresas que me interessam J). Já a segunda não tem jeito, tenho que primeiro conseguir um trabalho, pois só assim conseguirei experiência no mercado local.

Existem pessoas que são favoráveis a buscar empregos de menor “nível” do que eles têm no Brasil, e assim conseguir um emprego de forma mais rápida. Também sou adepto dessa estratégia, mas sendo essa última opção. Sei que em vários momentos em nossa carreira temos que dar um passo atrás para posteriormente dar dois à frente, mas minha idéia inicial é ter como alvo empregos que condizem com minha qualificação e experiência atual. Acho que a forma que você programa sua mente tem influência direta em sua postura, comportamento, posicionamento, etc. Se sua própria avaliação lhe coloca em posição inferior, não tenha dúvidas que o verão como tal. Se você disser “sim” a primeira opção de emprego bosta que aparecer, você está aceitando sua inferioridade e traçando seu rumo neste sentido. A princípio vou chegar lá todo fodão :-P , buscando oportunidades e competindo diretamente com profissionais do meu nível, da mesma forma que eu competiria aqui no Brasil, e, se depois de um tempo eu não conseguir nada, ai é só baixar a bola e correr para o plano B, fazendo com que a última opção vire a primeira. Vamos ver no que dá...

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