Existem poucas coisas na vida que me arrependo. Sou o tipo de pessoa que assume com muita facilidade os erros cometidos no passado, mas isso não quer dizer que eu me arrependa com freqüência de tê-los cometido. Acho que errar faz parte da vida, quem não erra não vive. Errar faz parte do nosso desenvolvimento enquanto pessoa. Até mesmo pelo fato de sermos humanos e estarmos sujeitos a pressões, ansiedades, explosões, etc. Quem nunca na vida perdeu a cabeça e mandou uma pessoa amada para puta-que-o-pariu? Quem nunca fez isso mesmo estando errado?
Mas existem erros que não tenho como não me arrepender. Votar no Lula em 2002 foi um deles. Não sei onde estava com a cabeça. Não posso nem inventar a
Voltando ao Lula: simplesmente não consigo entender o que passa na cabeça dele. Num dia diz que o Zé Dirceu é de sua extrema confiança, no dia seguinte, que se sentiu traído por ele. Num dia diz que não haverá aumento de impostos para contrapor a CPMF, no outro, seu novo homem de confiança anuncia o aumento do IOF e CSLL. Hoje ele veio com o discurso que fazer compras pessoais no cartão corporativo do governo não é crime. O que passa na cabeça dele? Acho que ele não mora no mesmo país que eu! Que ele não fala português todos nós já sabemos, mas como presidente, ele deveria saber ao menos se comunicar! Saber transmitir suas idéias e padrões éticos que, segundo ele, não podem ser questionados por nenhum brasileiro.
Para ele, usar dinheiro público para benefício próprio não é cometer crime, mas sim falha administrativa. De uma hora para outra senti como se todos os nossos problemas tivessem sido resolvidos. Perfeito! Agora podemos afirmar que não temos um país de políticos ladrões, mas sim um país de incompetentes! Não é muito mais fácil assim? Aqui ninguém rouba, aqui cometemos falhas administrativas. Vamos abolir as CPIs e criar MBAs para nossos administradores públicos!
O mais legal nessa história toda é que, após afirmar que uso de cartão corporativo em benefício próprio não é crime, ele foi aplaudido pela platéia que o ovacionou e cantou: “olê olê, olá, Lula, Lula!”. Mas não era dia de eleição, não havia lei seca, então posso concluir que estavam todos bêbados. Vai uma vodka ai?
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