terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Por quê Austrália?

Sempre tive vontade de morar no exterior com minha família. Embora eu já tenha tido uma experiência em 1995, onde passei cinco meses nos Estados Unidos, esta não foi suficiente. Na época, com dezessete anos, eu não tinha a visão e maturidade que tenho hoje, o que fez com que na prática essa experiência servisse apenas para o aprendizado da língua inglesa e desenvolvimento da minha independência enquanto jovem.

Considero que, para se ter uma experiência em um país de primeiro mundo, é necessário explorar mais sua cultura, civilidade, modo de vida e também usufruir dos serviços e infra-estrutura, o que não aconteceu em 95. Na época, minha experiência ficou limitada a realidade da escola de segundo grau que estudei, a minha família “adotiva” e aos pouquíssimos amigos que consegui fazer.

Para que eu pudesse então dar continuidade a busca por essa experiência, seria necessário identificar os países que possuem processos de imigração acessíveis para pessoas como eu, que não tem praticamente nada a oferecer além da minha qualificação profissional. Não sou favorável a emigrar ilegalmente e trabalhar em sub-empregos, pois chegamos em um momento na vida que não há mais disposição para lavar pratos e entregar pizza como meio de vida. A única situação em que consigo imaginar esse tipo de experiência é durante a fase em que se está na faculdade ou antes de entrar nela. Até esse momento você ainda não constituiu família, está apenas iniciando sua carreira e não tem nada a perder, pelo contrário.

Bom, dentro dos países que tem algum tipo de programa de imigração ou facilidade para disponibilizar visto de trabalho, vi que tinha as seguintes opções: Canadá, um dos mais conhecidos por ter esse tipo de política; Irlanda, que nunca me encantou; e Austrália, que é do outro lado do mundo.

Na época, o país que mais chamou minha atenção foi o Canadá, pois é conhecido por seu alto padrão de qualidade de vida, sistema de ensino e saúde impecáveis, custo de vida razoável e um mercado de trabalho razoavelmente aquecido. Embora seja uma excelente opção, meu interesse por lá não durou muito. O principal motivo pela desistência foi o clima. Embora eu saiba que ter frio na maior parte do ano, não quer dizer que você passe frio, pois em todos os lugares há aquecimento artificial, não consigo imaginar eu e minha família vivnedo uma vida “indoor”. Aqui em Fortaleza, praticamente todas as nossas atividades de lazer são realizadas em ambientes abertos, praias, parques, o sítio dos meus pais. Eu simplesmente não conseguiria ver meus filhos seis meses sem sair de casa, jogando videogame, acessando a internet, dormindo...

Descobri a opção Austrália por acaso, enquanto navegava na internet. Não lembro bem o que estava acessando, só sei que caí em um link de um site que faz sua avaliação on-line para ver se você é elegível ou não para emigrar para lá e... Bingo! Consegui obter com facilidade a pontuação mínima! Daí em diante foi só pesquisa, me cadastrei em um site (migrationexpert.com) que dá todo o passo-a-passo do processo, comecei a pesquisar mais sobre o país e vi que, embora houvesse o problema da distância, seria a melhor opção para se emigrar.

Além das características de um país de primeiro mundo, o que mais chamou minha atenção lá foi a similaridade com o Brasil em uma série de aspectos. A Austrália é um país formado por imigrantes, é jovem, possui belezas naturais incríveis, muitas praias e verde, além de ser tropical. Eles possuem também um cenário econômico muito bom, o que faz com que o mercado de trabalho esteja aquecido, facilitando a busca por empregos. Vejo que, de uma maneira geral, é um país completo e que proporciona boas condições para uma imigração mais tranqüila, pelo menos para minha mulher e filhos, que poderão manter um estilo de vida muito semelhante ao que temos aqui no Brasil.

Um comentário:

Unknown disse...

mikMe fez lembrar agora dos meus dias de indecisão entre Austrália e Canadá...tinha dias em que eu acordava em Vancouver e ia dormir em Sydney. :D