quarta-feira, 7 de maio de 2008

Chegada em Sydney - Parte I

Depois de passar praticamente duas semanas longe de casa, ontem foi um dia especial. Após todos esses dias, somente ontem me dei conta de onde realmente eu estava. Precisei colocar os pés aqui em Sydney para perceber isso. Pela primeira vez em dias, sentei, olhei para onde eu estava e pensei: “porra Eduardo, você está do outro lado do mundo!”. Bom, tenho que admitir que não foi uma sentada num local normal, eu estava sentado olhando para a Opera House e a Harbour Bridge. Acho que precisei realmente estar de frente para o cartão postal da Austrália para ter uma idéia mais clara de até onde eu tinha chegado.

Logo ao sair do aeroporto, peguei um trem para a Estação Central e de cara comecei a sentir as diferenças daqui em relação a Brisbane. O peso da cidade grande de cara foi a maior delas. Diferentemente de Brisbane, onde tudo é limpo e novo, aqui você já começa a perceber que as coisas já são mais antigas e surradas. Não que seja feio ou desorganizado, pelo contrário! Mas são pequenos detalhes que acabam fazendo a diferença. Por exemplo, em Brisbane, precisei de uma semana para ver uma pichação pela primeira vez, e quando vi foi embaixo de uma ponte em South Bank. Aqui, o trem de cara já é todo pichado e surrado.

Todas as coisas boas que falei de Brisbane continuam valendo aqui, o sistema de transporte público mais uma vez me surpreendeu, é até estranho. Imaginem uma situação: Você é um estrangeiro que está chegando ao aeroporto de Fortaleza, ou do Rio ou de São Paulo, não importa. Você tem que chegar ao seu hotel que fica no centro da cidade. Taxi não é uma opção, o que lhe limita a caminhar, ou contar com transporte público. Até aonde você vai sem perguntar nada pra ninguém? Você não dobra uma esquina! Pois ontem cheguei aqui, vim do aeroporto para o Hotel, fui conhecer a Opera House e a Harbour Bridge. Hoje já fui para uma entrevista de emprego, depois disso subi na Sydney Tower. Chute quantas vezes tive que parar para pedir informação? NENHUMA! Tudo é na base da sinalização. Aqui a única preocupação é escolher o meio de transporte que você vai usar. Para dizer a verdade, parei uma vez para discutir qual seria a melhor opção de passagem que eu deveria comprar, se diária ou semanal, e para qual zonas (depois eu faço um post só sobre o esquema de transporte daqui).

Até agora não fui muito longe, não sai do Centro, mas já pude ver como a cidade é imponente. O CBD, como é chamado o centro de negócios, é bem grande, com vários arranha céus. Milhares de pessoas cruzam as curas em todas as direções, seja de carro, ônibus, trem ou a pé. Meu encontro com a Opera House e Harbour Bridge foi inesquecível, ambos são muito maiores do que aparentam nas fotografias. Dependendo do ângulo que você olha para a Opera House, você tem a sensação que está num lugar diferente, não há simetria na arquitetura. Já ao olhar para a Harbour Bridge, você se encanta com a quantidade de metal que forma a ponte. É importante notar que Opera House e Harbour Bridge não são pontos isolados em si. Nesta região existem vários restaurantes, cafés e bares que na beira da baía que lhe oferecem várias opções para você sentar, comer e apreciar o local. Um ponto interessante que notei também, é que no final de tarde, várias pessoas se juntam para correr na beira da baía e no parque que se junta ao lado da Opera House.

O ritmo aqui também é outro, assim como as opções de entretenimento. Um exemplo claro disso é o Darling Harbor. Em um raio de 500m você encontra um museu, o aquário de Sydney, várias opções de restaurantes e cafés a beira do cais, um parque com direito a brinquedos para as crianças e o IMAX, que é um cinema 3D com a maior tela do mundo. Acho que sem dúvida essa deve ser a grande vantagem de se morar aqui, as opções culturais e de laser.

No IMAX assisti o U2 3D, que é um show do U2 na Argentina convertido para 3D. É implesmente imperdível, você tem a sensação de estar no palco junto com o Bono Vox com ele cantando a um metro de distância de você. Uma excelente opção, sai de lá convicto que entre um show ao vivo e uma opção de show em 3D a segunda opção é bem melhor.

Vou continuar minha viagem por aqui e coloco em breve novas impressões sobre essa cidade.

hb01Harbour Bridge: Quando chegamos de trem pela Circular Quay damos de cara com ela. É surpreendente, numa hora você está dentro de um metrô vendo nada além de parede preta, em seguida o trem sai do túnel e nos deparamos com isso.

hb02  Harbor Bridge a noite, show de luzes e de beleza.

op01

Opera House: É bem maior do que parece nas fotos.

op02Opera House: De cada ângulo uma visão diferente.

op03 op04Opera House: Ângulos para todos os lados.

op05Opera House: Desafio arquitetônico. Queria estar aqui com meu irmão (que é arquiteto) na primeira vez que ele visse isso.

op06Opera House: City ao fundo.

st01Sydney Tower: O ponto mais alto de Sydney. A$ 25,00 para subir.

stj01St James: Em baixo uma estação de trem, em cima um parque gigante e maravilhoso.

stj02St James: Jardim de flores.

stj03St James: Túdel de árvores.

stj04St James: Vi várias pessoas literalmente dormindo sobre a grama. Eles saem do escritório, trazem uma toalhinha, colocam na grama e de roupa de trabalho mesmo dormem ao sol.

stj05St James: Caminhada em direção a estação de trem.

dh01Darling Harbour: O local possui várias opções de entreterimento.

dh02  Darling Harbour: Tem uma praça/parque com opções para crianças e adultos.

dh03Darling Harbour: Show de luzes.

dh04 Darling Harbour: Alguém entendeu o que é esse negócio ai ao lado? Me pareceu um coador de café gigante, mas só porque se trata de uma Cafeteria.

Um comentário:

Ana disse...

Puxa, fiquei emocionada até vendo suas fotos e lendo suas impressões sobre Sydney... que saudade! Darling Harbour é meu lugar preferido, e a primeira vez que vi Opera House e Harbour Bridge foi chegando à estação de Circular Quay - e foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida! Agora, esse parque ao qual vc se refere como St James é o Hyde Park, uma maravilha. Sydney é "o lugar" pra mim. Talvez perca o trono pra Paris, quem sabe...