sexta-feira, 16 de maio de 2008

Segunda semana na busca de empregos

Amanhã eu completo três semanas de Austrália e duas semanas focadas na busca de empregos. Minha rotina aqui não tem sido outra, boa parte do meu dia é voltada a realização de contatos, entrevistas, e pesquisas por novas oportunidades.

Na primeira semana meu foco foi na captação de oportunidades, que na prática se traduz em abrir os sites de emprego, localizar as oportunidades que se enquadram em seu perfil e aplicar para a vaga. O resultado dessa semana de captação é a realização de uma série de entrevistas com as empresas de recrutamento e seleção. Por mais que uma oportunidade de emprego não seja muito a sua cara, se quem está publicando é um agente no qual você ainda não visitou, aplique, pois assim você terá a chance de fazer uma visita a ele, marcar presença, mostrar suas qualificações e, quem sabe, sondar outras oportunidades mais interessantes.

Uma coisa interessante desses agentes é qualidade do atendimento e a atenção que eles lhe dão. Sei que no fundo eles estão fazendo o trabalho deles, afinal, quanto maior o número de profissionais em seus bancos de currículos mais competitivos eles ficam, mas em muitos casos eles vão além de simplesmente coletar mais um candidato para seu cadastro. Alguns, ao notar que você é recém chegado, lhe passam uma série de informações importantes, buscam oportunidades que não estão publicadas, se oferecem para ajudar no que for necessário.

É na segunda semana que as coisas começam a caminhar. Agora, ao invés de se encontrar com empresas de recrutamento e seleção, seu contato é realizado diretamente com as empresas que irão contratá-lo. Nessa hora, você passa a ter uma visão mais clara das oportunidades, da estrutura de trabalho, tamanho das empresas, etc. Por mais que você faça pesquisas sobre essas empresas antes da entrevista, é nessa hora que você consegue enxergar coisas como a cultura da empresa, resultados esperados para a posição, situação atual do departamento que você irá trabalhar, etc.

O tipo de seleção deste ponto em diante difere de empresa para empresa. Houve casos em que uma entrevista informal numa cafeteria do aeroporto foi suficiente, houve casos em que tive que passar por uma bancada de três pessoas para avaliar minha experiência e conhecimento, seguida outra entrevista feita com o gerente do departamento para que eu demonstrasse qual estratégia você irá utilizar para chegar ao resultado esperado por eles. A única coisa que se repetiu em praticamente todos os casos foi a pergunta sobre referências do Brasil para que eles pudessem entrar em contato.

Um ponto que requer certa habilidade nessa hora é gerenciar as empresas de recrutamento e seleção. Conforme o processo vai avançando, eles começam a colocar pressão para que você decida pela vaga deles, afinal eles só ganham dinheiro se alocar o profissional, e por isso, eles ficam lhe questionando sobre o status das outras seleções que você está participando. Para não ter problemas com comunicação, adotei a estratégia de ter transparência total, ou seja, toda novidade é comunicada para todos. Com essa abordagem, você tem condições de deixar sempre claro quais as suas possibilidades, pensamentos, e assim você não assume compromisso com ninguém. Estou numa situação até desconfortável agora, pois já recebi a “job offer” de uma das empresas, o que quer dizer que fui selecionado, e agora o agente está me pressionando para tomar a decisão o quanto antes.

A situação é muito complicada, pois por um lado você fica inseguro, já que está sendo pressionado para tomar logo a decisão, e pelo outro você quer esperar o resultado das outras oportunidades para colocar tudo na mesa e escolher a melhor oferta. O problema é que a empresa que quer lhe contratar não pode lhe esperar para sempre, o tempo é o deles não seu. No final, a questão se resume a “aceitar a primeira oportunidade, ou correr o risco de esperar pelas outras para tomar a melhor decisão?”. Eu resolvi optar pelo risco, vamos ver no que vai dar...

2 comentários:

Unknown disse...

É isso aí Duda! Parabéns!
Concordo contigo, corra o risco, pelo menos enquanto tiver dineihro pra te sustentar aí, hehehe.
Não temos dúvidas de seu potencial ético e criativo e achamos que as empresas tem que se estapear para te contratar!!!

Julio Falcao Viana disse...

Oi Bindi,
Conseguiu mais entrevistas em Sydney ou Brisbane? A "job offer" que você conseguiu foi em qual cidade?

Como está sendo sua avaliação sobre morar em Brisbane ou Sydney nesse início de nova vida?